sábado, junho 28, 2003
A Meu Favor*
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura começa
Alexandre O'Neill, No Reino da Dinamarca, Relógio d'Água, 1999.
fico de estômago embrulhado se penso que as coisas que hoje tenho a meu favor são, precisamente, as que maior estrago ameaçam, quando amanhã se tornarem contra mim... e é tudo uma questão de tempo, suponho. se não amanhã, um dia qualquer que se assemelhe a ausência dos olhos verdes de que faço segredos. nesse dia, contra mim, todo o verde e todos os olhos.
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura começa
Alexandre O'Neill, No Reino da Dinamarca, Relógio d'Água, 1999.
fico de estômago embrulhado se penso que as coisas que hoje tenho a meu favor são, precisamente, as que maior estrago ameaçam, quando amanhã se tornarem contra mim... e é tudo uma questão de tempo, suponho. se não amanhã, um dia qualquer que se assemelhe a ausência dos olhos verdes de que faço segredos. nesse dia, contra mim, todo o verde e todos os olhos.