domingo, julho 06, 2003
da poesia e do silêncio*
Eu queria escrever que a poesia nada tem a ver com o silêncio. Eu queria escrever que a poesia tem tudo a ver com o silêncio. Que a poesia, por ser poesia, prolonga as confidências das fontes e os ressentimentos raros e troantes das aves; que a poesia, por ser poesia, demora-se nos cantos mais escuros da casa à procura da solidão como se procurasse o rasto das aranhas. Eu queria escrever que a poesia é o rebentar das falésias contra a lua como todos os naufrágios; eu queria escrever que só a poesia faz ecoar o escuro; depois do silêncio, o silêncio ainda.
Nada.
Tudo.
Ritmo.
Silêncio.
O ritmo do silêncio.
...........................
A propósito do comentário do David à surdina, o primeiro post deste blog. Nunca ouvi jazz numa cave bafienta cheia de fumo. [em sussurro]
Eu queria escrever que a poesia nada tem a ver com o silêncio. Eu queria escrever que a poesia tem tudo a ver com o silêncio. Que a poesia, por ser poesia, prolonga as confidências das fontes e os ressentimentos raros e troantes das aves; que a poesia, por ser poesia, demora-se nos cantos mais escuros da casa à procura da solidão como se procurasse o rasto das aranhas. Eu queria escrever que a poesia é o rebentar das falésias contra a lua como todos os naufrágios; eu queria escrever que só a poesia faz ecoar o escuro; depois do silêncio, o silêncio ainda.
Nada.
Tudo.
Ritmo.
Silêncio.
O ritmo do silêncio.
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A propósito do comentário do David à surdina, o primeiro post deste blog. Nunca ouvi jazz numa cave bafienta cheia de fumo. [em sussurro]