quinta-feira, julho 24, 2003
diálogos com o silêncio*
Era minha intenção escrever um diálogo mas hoje as palavras não estão de feição; um poema abaixo cheguei a escrever morte e só depois amor; por vezes, soa melhor o silêncio contra o silêncio, não vá alguma coisa partir-se de permeio e as buganvílias desapareçam de todas as varandas. Deixo Daniel Faria a falar por mim:
Explicação da escuta
Ninguém me chama
Escuto o calcanhar do pássaro
Sobre a flor
E não respondo
Daniel Faria, Explicação das Árvores e de Outros Animais, Fundação Manuel Leão, 2002
Era minha intenção escrever um diálogo mas hoje as palavras não estão de feição; um poema abaixo cheguei a escrever morte e só depois amor; por vezes, soa melhor o silêncio contra o silêncio, não vá alguma coisa partir-se de permeio e as buganvílias desapareçam de todas as varandas. Deixo Daniel Faria a falar por mim:
Explicação da escuta
Ninguém me chama
Escuto o calcanhar do pássaro
Sobre a flor
E não respondo
Daniel Faria, Explicação das Árvores e de Outros Animais, Fundação Manuel Leão, 2002