terça-feira, julho 15, 2003
o lugar às palavras*
que não podem ficar perdidas num longínquo comentário. Ainda sobre Roios, a Jonas escreveu, hoje, isto:
«Trás-Os-Montes... Tantas vezes penso em Roios e tantas vezes quero voar até lá, rasar fragas e montes e searas, chorar com saudades do mar, mas continuar a levantar a terra quente. Uma vontade louca de ver a escuridão mesmo à minha frente e um lençol de estrelas ao olhar para cima... Chegar a meio de um monte a suar e deixar-me cair no meio de um campo, criar raízes com a terra e com a Terra, pedir licença a uma figueira para arrancar um figo e comer, e vibrar com a doçura de uma amora ou a acidez de uma maçã, e desobedecer ao silêncio da noite com um grito que mais ninguém ouve... Sítio onde toda a poesia faz sentido. Mesmo sem palavras.»
Sim, sem palavras, querida Jonas.
que não podem ficar perdidas num longínquo comentário. Ainda sobre Roios, a Jonas escreveu, hoje, isto:
«Trás-Os-Montes... Tantas vezes penso em Roios e tantas vezes quero voar até lá, rasar fragas e montes e searas, chorar com saudades do mar, mas continuar a levantar a terra quente. Uma vontade louca de ver a escuridão mesmo à minha frente e um lençol de estrelas ao olhar para cima... Chegar a meio de um monte a suar e deixar-me cair no meio de um campo, criar raízes com a terra e com a Terra, pedir licença a uma figueira para arrancar um figo e comer, e vibrar com a doçura de uma amora ou a acidez de uma maçã, e desobedecer ao silêncio da noite com um grito que mais ninguém ouve... Sítio onde toda a poesia faz sentido. Mesmo sem palavras.»
Sim, sem palavras, querida Jonas.