terça-feira, julho 01, 2003
onde queres que deixe?*
Onde queres que deixe as manhãs
que regressam dos poemas por dizer-te?
Onde queres que deixe o silêncio excessivo
das buganvílias que os dias ainda colhem
em cada varanda que não dá para o mar?
Onde queres que deixe as intactas travessias
que me inquietam os dedos e a sede,
como se houvesse um rio onde só a lua
tem nome e que só eu reconheço?
Onde queres que deixe a suave inclinação
de todas as planícies que um dia
te quis escrever?
Onde queres que deixe as manhãs
que regressam dos poemas por dizer-te?
Onde queres que deixe o silêncio excessivo
das buganvílias que os dias ainda colhem
em cada varanda que não dá para o mar?
Onde queres que deixe as intactas travessias
que me inquietam os dedos e a sede,
como se houvesse um rio onde só a lua
tem nome e que só eu reconheço?
Onde queres que deixe a suave inclinação
de todas as planícies que um dia
te quis escrever?