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sexta-feira, agosto 15, 2003

crescente*

crescente a vontade de te escrever
luarenta a insónia entre os dedos
crivada de silêncio a madrugada

varandas de neblina pela manhã
fragilidades estendidas sobre os telhados
o verão abandonado num banco de jardim

crescentes as noites que diminuem por Setembro dentro até que regresses na explosão dos gestos transparentes que iniciam
ou abrandam a poesia

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