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quarta-feira, agosto 06, 2003

maldade*

«É que nesse momento a Maria Antónia amava. E, quando se ama, quando se ama daquela maneira, a maldade (embora não desapareça, como muita gente julga) não se vai assim desperdiçar com terceiras pessoas: toda ela se concentra no próprio amor, no acto e no objecto do amor; e a melhor parte é necessária para se transformar em volúpia - que é já uma formazinha de malvadez.»


David Mourão-Ferreira, Gaivotas em terra, Editorial Presença, 1998

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