segunda-feira, setembro 01, 2003
dual #3
criar o início de setembro no poema
é pousar num resto de luz ainda aberta
os nomes que se dão ao mar quando já
o mar e os nomes se afastam
e no que guardo do desequilíbrio
no que me sei de embaraços afronto as tardes
como se estivesse entre as árvores pela primeira vez
aguardando um sol que me viesse morrer no colo
saberá então o chão que cubro o silêncio
com o caminhar austero sobre cascas mornas
e que o que crepita é setembro no fim do poema
as sombras num murmúrio de ontem
criar o início de setembro no poema
é pousar num resto de luz ainda aberta
os nomes que se dão ao mar quando já
o mar e os nomes se afastam
e no que guardo do desequilíbrio
no que me sei de embaraços afronto as tardes
como se estivesse entre as árvores pela primeira vez
aguardando um sol que me viesse morrer no colo
saberá então o chão que cubro o silêncio
com o caminhar austero sobre cascas mornas
e que o que crepita é setembro no fim do poema
as sombras num murmúrio de ontem