terça-feira, setembro 16, 2003
fui*
buscar à carteira. boa noite.
Quando eu era pequenino, as ciências não eram mais que intuições caseiras: a noite, uma onda a caminhar sobre a terra; os dias, árvores que, sem raízes, navegavam pelos oceanos, todos esses oceanos solitários que passavam pela mente e, dela, fluíam para a escuridão.
Ao olhar pela janela, confrontava-me com o universo - toda aquela glória, por nada ensombrada e não ser pela lâmpada da iluminação pública.
Via homens estranhos, saltando de estrela em estrela, e miúdos, a balançarem-se em cordas pelo espaço fora.
Ali está o céu.
Ondula como um tapete azul-escuro. Alguém exala fumo verde. Quando estico as mãos para o céu, as estrelas caem e brilham no chão.
Einar Már Gudmundsson, Anjos do Universo, Canguru, 2003, p. 40.
buscar à carteira. boa noite.
Quando eu era pequenino, as ciências não eram mais que intuições caseiras: a noite, uma onda a caminhar sobre a terra; os dias, árvores que, sem raízes, navegavam pelos oceanos, todos esses oceanos solitários que passavam pela mente e, dela, fluíam para a escuridão.
Ao olhar pela janela, confrontava-me com o universo - toda aquela glória, por nada ensombrada e não ser pela lâmpada da iluminação pública.
Via homens estranhos, saltando de estrela em estrela, e miúdos, a balançarem-se em cordas pelo espaço fora.
Ali está o céu.
Ondula como um tapete azul-escuro. Alguém exala fumo verde. Quando estico as mãos para o céu, as estrelas caem e brilham no chão.
Einar Már Gudmundsson, Anjos do Universo, Canguru, 2003, p. 40.