segunda-feira, setembro 29, 2003
longe de mim mesma ou a fingir que sim #3*
Não acrescento alegorias aos movimentos das árvores.
Não prolongo as varandas para além das buganvílias.
Não abro gomos de chuva se olho as nuvens, subitamente paradas sobre o vento.
Não sei inquietar as cores, esticar os braços, colher presságios,
como se as cores fossem as sementes do mundo,
como se os braços fossem velas no alto mar,
como se os presságios servissem para fazer um arranjo no centro da alma porque haverá um dia.
Não acrescento pulsação ao silêncio e os poemas morrem
como se nunca tivessem feito amor.
Não acrescento alegorias aos movimentos das árvores.
Não prolongo as varandas para além das buganvílias.
Não abro gomos de chuva se olho as nuvens, subitamente paradas sobre o vento.
Não sei inquietar as cores, esticar os braços, colher presságios,
como se as cores fossem as sementes do mundo,
como se os braços fossem velas no alto mar,
como se os presságios servissem para fazer um arranjo no centro da alma porque haverá um dia.
Não acrescento pulsação ao silêncio e os poemas morrem
como se nunca tivessem feito amor.