domingo, setembro 21, 2003
nomear os medos*
nomear os medos
abrir a gaveta onde encerraste
os deuses como se fossem folhas
de papel em branco, por estrear
os credos e as súplicas
corrigir a arrumação da casa
pelo desequílibrio dos afectos,
um sapato debaixo da cama
implica-te significados
e talvez um poema
abrir a noite
quando os relâmpagos estalam
nos teus olhos, saberão
as pálpebras apagar o fogo
e dizer-te das estátuas,
que o mármore não me revela
nem o jardim onde estendo
os silêncios e que só nos fragmentos
que sobraram das almas esculpidas
poderás decifrar o que sempre
te disse
nomear os medos
nomear os medos
nomear os medos
abrir a gaveta onde encerraste
os deuses como se fossem folhas
de papel em branco, por estrear
os credos e as súplicas
corrigir a arrumação da casa
pelo desequílibrio dos afectos,
um sapato debaixo da cama
implica-te significados
e talvez um poema
abrir a noite
quando os relâmpagos estalam
nos teus olhos, saberão
as pálpebras apagar o fogo
e dizer-te das estátuas,
que o mármore não me revela
nem o jardim onde estendo
os silêncios e que só nos fragmentos
que sobraram das almas esculpidas
poderás decifrar o que sempre
te disse
nomear os medos
nomear os medos