domingo, setembro 14, 2003
para deitar fora II*
perguntário sem sentido para criar uma infância comum
o que significam as tardes se no fim do dia
se acendem as luzes da rua?
porque é que arrancando a urze dos olhos
do meu pai me ficam as mãos em concha?
onde devo depositar o chão que treme
por cada medo que decifro à contraluz?
qual o segredo das cordas e do papel
de embrulho para que eu não desconfie
do que nos segura à terra?
se não te prometer que regresso
amanhã contas-me uma história?
...?
perguntário sem sentido para criar uma infância comum
o que significam as tardes se no fim do dia
se acendem as luzes da rua?
porque é que arrancando a urze dos olhos
do meu pai me ficam as mãos em concha?
onde devo depositar o chão que treme
por cada medo que decifro à contraluz?
qual o segredo das cordas e do papel
de embrulho para que eu não desconfie
do que nos segura à terra?
se não te prometer que regresso
amanhã contas-me uma história?
...?