sexta-feira, setembro 19, 2003
sofro de um mal de espanto.*
ficar os dias assim de olhos ligados às
tomadas
aquietar as mãos assim esgravatando de unhas
a areia
parar de brincar com os dedos dos pés
e de morder as palhinhas dos refrigerantes
deixar-me de brincadeiras tontas que não
será a precária ligação à terra a livrar-me do
choque
engolir e parar
o ar pelas narinas e parar
o vento ou calor ou um vento abrasivo na pele e parar
o instante cada um deles
e saber já da certeza de viver até ao fim
de boca esquecida de si
de peito tolhido de assombros
como quando a tua pele se fez macia debaixo
do beijo
e eu quase não acreditei
ficar os dias assim de olhos ligados às
tomadas
aquietar as mãos assim esgravatando de unhas
a areia
parar de brincar com os dedos dos pés
e de morder as palhinhas dos refrigerantes
deixar-me de brincadeiras tontas que não
será a precária ligação à terra a livrar-me do
choque
engolir e parar
o ar pelas narinas e parar
o vento ou calor ou um vento abrasivo na pele e parar
o instante cada um deles
e saber já da certeza de viver até ao fim
de boca esquecida de si
de peito tolhido de assombros
como quando a tua pele se fez macia debaixo
do beijo
e eu quase não acreditei