terça-feira, setembro 09, 2003
/ Y \*
naqueles dias, esperava o sono no sofá. mentira.
naqueles dias, ficava até tarde no sofá esperando o telefone ou a porta. mentira ainda, algo mais complicado ou doentio.
deixava-se ficar no sofá, fingindo ainda que esperava e que não a insónia nem a estranha aversão que ganhara à cama, se nela já não o cheiro.
sabemos hoje que já não esperava ninguém. porque, ali, já não havia sequer espaço para alteridades... quanto mais amor.
naqueles dias, esperava o sono no sofá. mentira.
naqueles dias, ficava até tarde no sofá esperando o telefone ou a porta. mentira ainda, algo mais complicado ou doentio.
deixava-se ficar no sofá, fingindo ainda que esperava e que não a insónia nem a estranha aversão que ganhara à cama, se nela já não o cheiro.
sabemos hoje que já não esperava ninguém. porque, ali, já não havia sequer espaço para alteridades... quanto mais amor.