sábado, outubro 11, 2003
cresço num canto da janela*
Cresço num canto da janela,
a olhar para fora como se o mundo
fosse um abismo para além do parapeito,
resguardada de mim e dos outros
por um reposteiro, onde já nem as sombras
pousam de tanto silêncio estagnado.
Cresço num canto da janela,
como o pássaro dos poemas longínquos.
Cresço num canto da janela,
a olhar para fora como se o mundo
fosse um abismo para além do parapeito,
resguardada de mim e dos outros
por um reposteiro, onde já nem as sombras
pousam de tanto silêncio estagnado.
Cresço num canto da janela,
como o pássaro dos poemas longínquos.