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sexta-feira, outubro 31, 2003

posso confessar-me em pecado de paixão*
é cheio de ti este tempo - menos pesadas as manhãs
quando as levanto dos teus beijos -

é quente este ter-te
nas palmas das mãos temerárias no sentido da pele
deslumbradas
ou só temerosas no fechar encerrando-te em volta
punhos feitos de unhas na carne

e é licencioso este registo do corpo se de leve te penso
que se vão forças e vêm vontades


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