segunda-feira, novembro 24, 2003
cancioneiro #1*
Anunciar o resto dos dias é agora a minha errância.
Quantas vezes terei de repetir
um verso diferente pelos umbrais
é agora o meu mistério.
Poisar os enganos à sombra de cada árvore
como quem de um grande amor descansa
é agora o meu alento.
Adormecer pela manhã é agora a minha infância.
Anunciar o resto dos dias é agora a minha errância.
Quantas vezes terei de repetir
um verso diferente pelos umbrais
é agora o meu mistério.
Poisar os enganos à sombra de cada árvore
como quem de um grande amor descansa
é agora o meu alento.
Adormecer pela manhã é agora a minha infância.