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terça-feira, novembro 18, 2003

há coisas assim #3*

dez pecadinhos mortais ao acaso

Suavíssimos pretextos para nada;
O medo de ouvir falar o vento;
O avanço das armas escondidas;
Os tesouros perdidos frontalmente;
Sinceridades sem razão de ser;
A violência de conter o murro;
Segredos que se dizem sem ouvidos;
Os silêncios que mascaram as sombras;
O vil excesso de um pão sem fome;
As palavras escritas com maiúsculas.


Rui Almeida,
Dez Décadas, poemas escritos entre 10 e 15 de Junho de 1999
[iluminar]

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