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sexta-feira, janeiro 23, 2004

by this river*

abro a janela com o peso do silêncio
e absorvo a chuva como se fosse água
o que cai das nuvens

fingem que voam poemas pelo chão
porque a morte é uma daquelas raras coisas
próprias do mundo
, segundo o que hoje quis ler
em Camus*

(e como se eu fosse água
e caísse das nuvens)


Sandra Costa

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