segunda-feira, janeiro 05, 2004
xisto #2*
Venha a noite e nos proteja
dessa mulher que ronda as casas
como se fora o frio do Inverno:
não reparem nos olhos dela
a dizerem que já é tarde e que, devagar,
deveríamos começar a morrer.
Não há melhor alegoria para a morte
do que vê-la penetrar estas pedras negras
que agora sustentam tectos,
ainda que no interior da noite, ou do medo,
permaneça o brilho das salamandras.
Venha a noite e nos proteja
dessa mulher que ronda as casas
como se fora o frio do Inverno:
não reparem nos olhos dela
a dizerem que já é tarde e que, devagar,
deveríamos começar a morrer.
Não há melhor alegoria para a morte
do que vê-la penetrar estas pedras negras
que agora sustentam tectos,
ainda que no interior da noite, ou do medo,
permaneça o brilho das salamandras.