domingo, março 07, 2004
de vez em quando, a tua voz*
De vez em quando, desenho a tua voz sobre o tampo
da secretária, timbre grave em madeira escura
como se fosse ontem que a ouvisse pela primeira vez,
como se a tua ausência não existisse no exercício
dos ventos sobre as superfícies ou dos lodos sobre
as profundidades, de vez em quando não me espanto
com a erosão do silêncio sobre os poemas.
Sandra Costa
De vez em quando, desenho a tua voz sobre o tampo
da secretária, timbre grave em madeira escura
como se fosse ontem que a ouvisse pela primeira vez,
como se a tua ausência não existisse no exercício
dos ventos sobre as superfícies ou dos lodos sobre
as profundidades, de vez em quando não me espanto
com a erosão do silêncio sobre os poemas.
Sandra Costa