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sexta-feira, abril 02, 2004

Abril #2*


António Colaço

Soneto de Abril

Evoé! de pâmpano os soldados
rompem do tempo em que Evoé! a terra
salvé rainha descruzando os braços
com seu pé de papiro pisa a fera.

Na écloga dos rostos despontados
onde dos corvos se retira a treva,
de beijo em beijo as ruas são bailados
mudam-se as casas para a primavera.

Evoé! o povo abre o touril
e sai o Sol perfeitamente Abril
maravilha da Pátria ressurrecta.

Evoé! evoé! Tágides minhas
outras vez prateadas campainhas
sois na cabeça em fogo do poeta.

Natália Correia, PoemAbril - Antologia de autores organizada por
Carlos Loures e Manuel Simões,
Fora do Texto, 1994

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