domingo, abril 04, 2004
Abril #4*
Ivone Ralha
Fogo Posto
Foi de amor e de cravos. Foi floresta
logo em Maio seguinte: de harmonia.
Foi, num abraço, o povo inteiro em festa.
Foi o coro geral. E duraria
se não fora, de Agosto, o fogo posto,
o venenoso cuspo da serpente,
o dente, a garra, a máscara sem rosto
de urso a leste e puma a ocidente.
Foi a frescura nova, prometida
em, Abril, por Abril, que se negou
a ser gaivota viva em nossa vida.
Foi tudo e não foi nada. Foi um voo.
Pingo de cera de asa derretida
na mão de mais um dia que findou.
António Luís Moita in Na Liberdade,
antologia a lançar durante as comemorações do 25 de Abril
com a chancela de “Garça Editores” (Peso da Régua)
Enviado por Nicolau Saião
Ivone Ralha
Fogo Posto
Foi de amor e de cravos. Foi floresta
logo em Maio seguinte: de harmonia.
Foi, num abraço, o povo inteiro em festa.
Foi o coro geral. E duraria
se não fora, de Agosto, o fogo posto,
o venenoso cuspo da serpente,
o dente, a garra, a máscara sem rosto
de urso a leste e puma a ocidente.
Foi a frescura nova, prometida
em, Abril, por Abril, que se negou
a ser gaivota viva em nossa vida.
Foi tudo e não foi nada. Foi um voo.
Pingo de cera de asa derretida
na mão de mais um dia que findou.
António Luís Moita in Na Liberdade,
antologia a lançar durante as comemorações do 25 de Abril
com a chancela de “Garça Editores” (Peso da Régua)
Enviado por Nicolau Saião