domingo, abril 04, 2004
que o mundo me desminta*
vou pela rua guardo sombras para um verso
e em redor há janelas coloridas que envelhecem
tão próximas de mim como só eu sei
o que é o azul do céu igual ao azul do mar
vou e não ouço o medo nem os pulsos quebrados
em forma de caules ainda que de vez em quando
me detenha sob o cheiro das frésias já só
com o esforço táctil de imaginar o impossível
vou e não quero que o mundo me desminta
Sandra Costa
vou pela rua guardo sombras para um verso
e em redor há janelas coloridas que envelhecem
tão próximas de mim como só eu sei
o que é o azul do céu igual ao azul do mar
vou e não ouço o medo nem os pulsos quebrados
em forma de caules ainda que de vez em quando
me detenha sob o cheiro das frésias já só
com o esforço táctil de imaginar o impossível
vou e não quero que o mundo me desminta
Sandra Costa