domingo, maio 02, 2004
eros #9
Fritz Bultman, Tacke on Back
Mostro-te o poema inacabado,
a colher a caminho da boca, o ranger
da porta e o estremecimento da pele,
a nudez de um seio se desapertado mais
um botão da blusa, a intenção do toque
só ao de leve só por acaso, precisamente
a hesitação na voz como a hesitação nos
dedos, que as copas das árvores ondulam
e as ancas também, que a vontade é a de que
as pernas tremam como borboletas até ao
tornozelo, aí onde a luz incide só quando
é rasa só quando é água
Sandra Costa
Fritz Bultman, Tacke on Back
Mostro-te o poema inacabado,
a colher a caminho da boca, o ranger
da porta e o estremecimento da pele,
a nudez de um seio se desapertado mais
um botão da blusa, a intenção do toque
só ao de leve só por acaso, precisamente
a hesitação na voz como a hesitação nos
dedos, que as copas das árvores ondulam
e as ancas também, que a vontade é a de que
as pernas tremam como borboletas até ao
tornozelo, aí onde a luz incide só quando
é rasa só quando é água
Sandra Costa