quinta-feira, maio 06, 2004
Parabéns*
ao Abrupto.
Ofício de Viver | 6 de Maio de 1938
Há remédio para tudo. Pensa que é a última noite que passas na prisão. Respira, observa a cela, enternece-te com os muros, as barras, a escassa luz que entra pela janela, os rumores que sobem de todos os lados e que, daqui em diante, pertencem a um outro mundo.
Porque te faz pena a cela? Porque se tornou coisa tua. Mas se te dizem bruscamente que foi um erro, que não sairás amanhã, que ficarás não se sabe ainda por quanto tempo, conservarias a calma?
[...]
Cesare Pavese, Ofício de Viver, Relógio d'Água, 2004.
ao Abrupto.
Ofício de Viver | 6 de Maio de 1938
Há remédio para tudo. Pensa que é a última noite que passas na prisão. Respira, observa a cela, enternece-te com os muros, as barras, a escassa luz que entra pela janela, os rumores que sobem de todos os lados e que, daqui em diante, pertencem a um outro mundo.
Porque te faz pena a cela? Porque se tornou coisa tua. Mas se te dizem bruscamente que foi um erro, que não sairás amanhã, que ficarás não se sabe ainda por quanto tempo, conservarias a calma?
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Cesare Pavese, Ofício de Viver, Relógio d'Água, 2004.