quinta-feira, julho 29, 2004
melancolia [para a Cristina]*
Por vezes, junto à claridade da manhã,
descubro que as palavras não me pertencem,
que o sopro que lhes dou é ainda
mais aparente do que certas imagens
reveladas pelos espelhos e que usá-las,
por exemplo, para descrever a melancolia
é esperar demais dos lábios – porque o que
se quer é só o esforço de contemplar uma flor
ou uma pedra na berma da estrada –
Sandra Costa
Por vezes, junto à claridade da manhã,
descubro que as palavras não me pertencem,
que o sopro que lhes dou é ainda
mais aparente do que certas imagens
reveladas pelos espelhos e que usá-las,
por exemplo, para descrever a melancolia
é esperar demais dos lábios – porque o que
se quer é só o esforço de contemplar uma flor
ou uma pedra na berma da estrada –
Sandra Costa