sexta-feira, julho 23, 2004
Para Carlos Paredes*
I
Que dizer desta guitarra
que era terra e que era mar
que era fogo e que era água
e sol aberto no ar?
Que era a vida a existir
nos sítios da maior esp’rança
e em qualquer outro lugar?
Que dizer desta guitarra
impossível de calar
- fôsse nos anos do ódio
seja nos tempos de amar,
que nuns cantava chorando
e noutros chora a cantar?
Que ao correr dos nossos dias
nos irá acompanhar?
Que dizer desta guitarra
que na ternura das horas
sempre iremos recordar?
II
O som das cordas retesadas
e o cântico indistinto abandonado
das cidades na noite que ao encontro
da memória e dos minutos serenamente
dormem serenamente esperam
sob a luz que num perfil
de homem ou de animal
sabe que além do rio
há um acorde que nunca cessará
mesmo silencioso
ou desfeito.
enviado por Nicolau Saião
I
Que dizer desta guitarra
que era terra e que era mar
que era fogo e que era água
e sol aberto no ar?
Que era a vida a existir
nos sítios da maior esp’rança
e em qualquer outro lugar?
Que dizer desta guitarra
impossível de calar
- fôsse nos anos do ódio
seja nos tempos de amar,
que nuns cantava chorando
e noutros chora a cantar?
Que ao correr dos nossos dias
nos irá acompanhar?
Que dizer desta guitarra
que na ternura das horas
sempre iremos recordar?
II
O som das cordas retesadas
e o cântico indistinto abandonado
das cidades na noite que ao encontro
da memória e dos minutos serenamente
dormem serenamente esperam
sob a luz que num perfil
de homem ou de animal
sabe que além do rio
há um acorde que nunca cessará
mesmo silencioso
ou desfeito.
enviado por Nicolau Saião