segunda-feira, agosto 16, 2004
Começo[s] e propósito[s]*
Queremos narrar a vida de Hans Castorp não por ele -, a quem o leitor em breve conhecerá como um rapaz simples, ainda que simpático -, mas por amor a esta narrativa, que nos parece em alto grau digna de ser relatada (a propósito do que convém, entretanto, lembrar que esta é a sua história, e que há histórias que não acontecem a qualquer um): os factos aqui referidos passaram-se há muitos anos. Já estão, por assim dizer, recobertos pela pátina do tempo, e não podem ser narrados senão sob a forma do mais remoto passado.
Thomas Mann, A Montanha Mágica, Ed. Livros do Brasil.
Queremos narrar a vida de Hans Castorp não por ele -, a quem o leitor em breve conhecerá como um rapaz simples, ainda que simpático -, mas por amor a esta narrativa, que nos parece em alto grau digna de ser relatada (a propósito do que convém, entretanto, lembrar que esta é a sua história, e que há histórias que não acontecem a qualquer um): os factos aqui referidos passaram-se há muitos anos. Já estão, por assim dizer, recobertos pela pátina do tempo, e não podem ser narrados senão sob a forma do mais remoto passado.
Thomas Mann, A Montanha Mágica, Ed. Livros do Brasil.