segunda-feira, agosto 09, 2004
dias de chuva, a meio do Verão*
A janela já estava aberta. Puxo a cortina para o lado, de modo a ver bem a chuva que agora cai intensamente. As árvores do largo permanecem verdes e imóveis, contrastando com o cinza do céu. Há pequenos caminhos de água que se formam, cor de terra, e que correm nesta direcção e as casas estão mais escuras, como se elas próprias fossem sombras. Hoje, tudo poderia ser assim descritivo, não fosse a chuva um sinal, ligeiramente oblíquo, de que algo em mim é maior que o silêncio.
A janela já estava aberta. Puxo a cortina para o lado, de modo a ver bem a chuva que agora cai intensamente. As árvores do largo permanecem verdes e imóveis, contrastando com o cinza do céu. Há pequenos caminhos de água que se formam, cor de terra, e que correm nesta direcção e as casas estão mais escuras, como se elas próprias fossem sombras. Hoje, tudo poderia ser assim descritivo, não fosse a chuva um sinal, ligeiramente oblíquo, de que algo em mim é maior que o silêncio.