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segunda-feira, agosto 16, 2004

sem outro ofício*

Mudo a terra dos vasos e recolho
as sombras que se desequilibram
se moves as pálpebras: com os pés
descalços, como sempre, apareço[-te]
junto da urze e da luz do verão,
sem outro ofício que não seja
ter medo das abelhas.


Sandra Costa

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