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terça-feira, dezembro 28, 2004

prenda de Natal para a Ana*

madrugada

No interior a polpa: um nó convulsamente
preso na carne feita para amar
No exterior partículas
tão exactas e puras como um dia. No depois das paredes
nesse ar que se dissipa
nesse negrume fixo e já disperso
- para sempre encontrado -
o clarão que nos une e já nos leva
entre as horas e os tempos, entre vozes que findam.

A cor o mundo o nome
eternamente nossos.


Nicolau Saião

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