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domingo, dezembro 26, 2004

prenda de Natal para a Jonas e tafan*

voar

Não o vôo mas a
sombra
O sinal posto sobre o ar
a dor do vento naquela voz
que cresce
nessas nuvens perdendo-se na terra.
Não a
súbita asa de um
rosto
erguido entre árvores
e montes
como figuras agora contra o tempo
que adeja sobre os ramos
- essa febre como uma chuva errante –
mão que não paira
mas se recorda e vibra
num esvoaçar
tenaz

Ave posta no mundo
- sua serena hora -
e agora já na lonjura

perdida e solitária.


Nicolau Saião

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