terça-feira, fevereiro 08, 2005
ainda é carnaval*
A Journey Through The Moonlight
In sleep when an old man's body is no longer
aware of his boundaries, and lies flattened by
gravity like a mere of wax in its bed . . . It drips
down to the floor and moves there like a tear down a
cheek . . . Under the back door into the silver meadow,
like a pool of sperm, frosty under the moon, as if in
his first nature, boneless and absurd.
The moon lifts him up into its white field, a cloud
shaped like an old man, porous with stars.
He floats through high dark branches, a corpse tangled
in a tree on a river.
Russell Edson
Exercício #4
Uma Viagem através do Luar
Durante o sono quando o corpo de um ancião deixa
de conhecer os seus limites e jaz abatido pela
gravidade como um lago de cera na sua cama... Cai
em gotas até ao chão e ali se move como uma lágrima tombando
pelo queixo... Sob a porta das traseiras até ao campo prateado,
como uma bacia de esperma, gelado sob a lua, como se voltasse à
sua primeira essência, invertebrado e absurdo.
A lua leva-o p’lo ar até à sua planície branca, uma nuvem
em forma de homem velho, com poros de estrelas.
Ele flutua através dos negros ramos altos, um cadáver emaranhado
numa árvore à beira do rio.
Tradução de Nicolau Saião
A Journey Through The Moonlight
In sleep when an old man's body is no longer
aware of his boundaries, and lies flattened by
gravity like a mere of wax in its bed . . . It drips
down to the floor and moves there like a tear down a
cheek . . . Under the back door into the silver meadow,
like a pool of sperm, frosty under the moon, as if in
his first nature, boneless and absurd.
The moon lifts him up into its white field, a cloud
shaped like an old man, porous with stars.
He floats through high dark branches, a corpse tangled
in a tree on a river.
Russell Edson
Exercício #4
Uma Viagem através do Luar
Durante o sono quando o corpo de um ancião deixa
de conhecer os seus limites e jaz abatido pela
gravidade como um lago de cera na sua cama... Cai
em gotas até ao chão e ali se move como uma lágrima tombando
pelo queixo... Sob a porta das traseiras até ao campo prateado,
como uma bacia de esperma, gelado sob a lua, como se voltasse à
sua primeira essência, invertebrado e absurdo.
A lua leva-o p’lo ar até à sua planície branca, uma nuvem
em forma de homem velho, com poros de estrelas.
Ele flutua através dos negros ramos altos, um cadáver emaranhado
numa árvore à beira do rio.
Tradução de Nicolau Saião