quinta-feira, junho 09, 2005
«um poema da Matilde»*
A JOVEM DISSE
A jovem disse: Da minha infância só me lembro
Da minha prima Lucília no Algarve com um chapéu azul
E ficou suspensa
Lucília palavra de cílios que estremecem
E uma prima do Algarve com uma amendoeira
À luz do dia
Com um chapéu azul de resplendor
São assim os santos longínquos da nossa infância
Olhos primos e estranhos que tudo acham natural.
Matilde Rosa Araújo, in Voz Nua
[a propósito da passagem de Matilde Rosa Araújo, esta tarde, pela Biblioteca de Portalegre, onde esteve envolta em cores claras e rodeada de crianças]
A JOVEM DISSE
A jovem disse: Da minha infância só me lembro
Da minha prima Lucília no Algarve com um chapéu azul
E ficou suspensa
Lucília palavra de cílios que estremecem
E uma prima do Algarve com uma amendoeira
À luz do dia
Com um chapéu azul de resplendor
São assim os santos longínquos da nossa infância
Olhos primos e estranhos que tudo acham natural.
Matilde Rosa Araújo, in Voz Nua
[a propósito da passagem de Matilde Rosa Araújo, esta tarde, pela Biblioteca de Portalegre, onde esteve envolta em cores claras e rodeada de crianças]