quinta-feira, setembro 15, 2005
setembro #2*
#2.1.
No percurso dos dias, a terra negra
pelo verão reinventa-se: como heras
trepadeiras nascem folhinhas verdes
nos troncos queimados dos eucaliptos;
o chão cobre-se de fetos reverdecentes
e nos muros que a estrada rasgou na serra
já a urze desponta
à espera do outono e dos poemas.
Sandra Costa
#2.2.
RENASCIMENTO
Veio o fogo e queimou
As árvores novas, o mato, o bosque velho.
Negro furor de chamas devastando
O coração das terras sossegadas.
Foi por mão homicida, foi por outra
Razão da natureza além do tempo
De manhãs ou de tardes fecundadas?
Não alcança saber-se. Nem importa.
O que interessa é que os anos, por razão
De tudo o que do mundo se conhece
Hão-de vencer o obscuro movimento
Da natureza, ou criminosa mão
- Pois tudo reverdece!
Nicolau Saião
Por aqui também ainda se acredita nisso.
#2.1.
No percurso dos dias, a terra negra
pelo verão reinventa-se: como heras
trepadeiras nascem folhinhas verdes
nos troncos queimados dos eucaliptos;
o chão cobre-se de fetos reverdecentes
e nos muros que a estrada rasgou na serra
já a urze desponta
à espera do outono e dos poemas.
Sandra Costa
#2.2.
RENASCIMENTO
Veio o fogo e queimou
As árvores novas, o mato, o bosque velho.
Negro furor de chamas devastando
O coração das terras sossegadas.
Foi por mão homicida, foi por outra
Razão da natureza além do tempo
De manhãs ou de tardes fecundadas?
Não alcança saber-se. Nem importa.
O que interessa é que os anos, por razão
De tudo o que do mundo se conhece
Hão-de vencer o obscuro movimento
Da natureza, ou criminosa mão
- Pois tudo reverdece!
Nicolau Saião
Por aqui também ainda se acredita nisso.