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sábado, outubro 01, 2005

Dá-me tuas rédeas bem frias*


Marie-France Nitski


O cavaleiro

Da laranja quero o gemido
Dos dias quero o segredo
Não quero da prata o preço
Ao cavalo não peço a força
Nem à toutinegra a magia

No mês da pimenta não estarei aqui
Porque sou um cavaleiro cego
Leva-me pelos caminhos
Pelos soturnos trigais do medo
Bem seguras em minhas mãos
Dá-me tuas rédeas bem frias

Se for ao nascer da lua
Vamos devagar pelo regato
Se companhias tocarem
Faze ver que é o som dos lírios

Bem seguras em minhas mãos
Dá-me tuas rédeas bem frias

Rodrigo de Haro


Imagem e poema enviados por Nicolau Saião.

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