terça-feira, março 01, 2005
do you feel lucky punk?*
no espaço de poucos dias li uma série de textos, redigidos quer por críticos, quer por blogger's em jeito de críticos, onde todos, sem excepção, afirmam ter descoberto clint. dizem ter reconhecido o génio do mestre quando a crítica, a outra, a crítica distraída, gorda e balofa (aquela, que, ao fim e ao cabo, todos se recusam a ser) o deixava passar indolente e sobranceiramente.
tenho cá para mim que o meu pai é que sabia. não sei quantas vezes, durante a minha infância, vi dirty harry, talvez tantas quantas as que vi música no coração (não há aqui nenhuma relação, acontece que não tinhamos vídeo, pelo que durante muito tempo estivemos limitados ao que a rtp nos dava, às vezes, parece que ainda estamos). certo é que sempre que se anunciava clint eastwood na televisão o meu pai arrebitava a orelha (sim, também eu tenho qualquer coisa de dumbo, é uma coisa que corre pelo lado do meu pai, ao lado da minha mãe fui buscar outras características de elefante, como a tonelagem), dizia eu, o pai arrebitava a orelha e já se sabia que tinhamos noitada.
nessa altura, a bem dizer, como agora, clint era o bom e não foi preciso nenhum crítico esclarecido para o perceber, bastou o, tantas vezes, duvidoso, mas honesto, julgamento do meu paizinho.
no espaço de poucos dias li uma série de textos, redigidos quer por críticos, quer por blogger's em jeito de críticos, onde todos, sem excepção, afirmam ter descoberto clint. dizem ter reconhecido o génio do mestre quando a crítica, a outra, a crítica distraída, gorda e balofa (aquela, que, ao fim e ao cabo, todos se recusam a ser) o deixava passar indolente e sobranceiramente.
tenho cá para mim que o meu pai é que sabia. não sei quantas vezes, durante a minha infância, vi dirty harry, talvez tantas quantas as que vi música no coração (não há aqui nenhuma relação, acontece que não tinhamos vídeo, pelo que durante muito tempo estivemos limitados ao que a rtp nos dava, às vezes, parece que ainda estamos). certo é que sempre que se anunciava clint eastwood na televisão o meu pai arrebitava a orelha (sim, também eu tenho qualquer coisa de dumbo, é uma coisa que corre pelo lado do meu pai, ao lado da minha mãe fui buscar outras características de elefante, como a tonelagem), dizia eu, o pai arrebitava a orelha e já se sabia que tinhamos noitada.
nessa altura, a bem dizer, como agora, clint era o bom e não foi preciso nenhum crítico esclarecido para o perceber, bastou o, tantas vezes, duvidoso, mas honesto, julgamento do meu paizinho.
domingo, fevereiro 27, 2005
cause something [i]s disappearing*
quando as flores não abrem
o mundo fica à espera de um poema
ou que um pássaro descubra
o ramo mais alto da palavra silêncio
Sandra Costa
quando as flores não abrem
o mundo fica à espera de um poema
ou que um pássaro descubra
o ramo mais alto da palavra silêncio
Sandra Costa
