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sexta-feira, junho 25, 2004

ute lemper*

não fui a nenhum dos estádios, nem irei, assistir a qualquer um dos jogos da selecção nacional neste europeu. importa que já tenho bilhete para a ute, no dia 19. gosto de ver os jogos da selecção em casa, a comer camarões, por exemplo, e a entornar umas cervejas. saltar da cadeira de quinze em quinze minutos, apanhar a cadeira, que entretanto caíra, voltar a sentar-me, descascar mais um camarão, engasgar-me, meter um bocado de pão torrado à boca qu'é p'ra isso ir p'ra baixo. enfim, essas coisas. mas isto é um post sobre a ute, a senhora que vou ver quinze dias depois de ter assistido à final do europeu.
a propósito, sempre gostei muito do ricardo, que me caia já aqui uma bigorna na cabeça se por algum momento deixei de acreditar no seu talento.

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quinta-feira, junho 24, 2004

A ferros!!!*



Portugal!!!

terça-feira, junho 22, 2004

"Eliot na alex..":*



rezava assim a mensagem enviada. Depois?... Depois
foram 30 minutos entre a voz dela e a voz dele e que
acabaram assim (fazer um fim é fazer um começo):


V

O que chamamos o começo é muitas vezes o fim
E fazer um fim é fazer um começo.
O fim é de onde nós partimos. E toda a locução
E frase que está certa (onde toda a palavra está em casa
E toma o seu lugar em apoio das outras,
A palavra nem hesitante nem aparatosa,
Um relação fácil do velho com o novo,
A palavra comum exacta sem vulgaridade,
A palavra formal precisa mas não pedane,
A inteira companhia a dançar a compasso)
Toda a locução e frase é um fim e um começo,
Todo o poema um epitáfio. E qualquer acto
é um passo para o cepo, para o fogo, pela garganta do mar abaixo,
Ou para uma pedra ilegível: e é daí que partimos.
Morremos com os moribundos:
Vê, eles partem e nós vamos com eles.
Nós nascemos com os mortos:
Vê, eles regressam e trazem-nos com eles.
O momento da rosa e o momento do teixo
Têm igual duração. Um povo sem história
Não está redimido do tempo, pois a história é um padrão
De momentos sem tempo. Assim, enquanto a luz se extingue
Numa tarde de Inverno, numa capela isolada
A história é agora e a Inglaterra.
Com a atracção deste Amor e a voz deste Chamamento

Não desistiremos de explorar
E o fim de toda a nossa exploração
Será chegarmos ao lugar de onde partimos
E conhecer o lugar pela primeira vez.
Através do portão desconhecido e lembrado
Quando o último confim da terra por descobrir
For o lugar que foi o começo;
Na nascente do rio mais longo
A voz da oculta queda-d'água
E as crianças na macieira
Desconhecidas, porque não procuradas
Mas ouvidas, meio-ouvidas, na quietação
Entre duas ondas do mar.
Depressa agora, aqui, agora, sempre -
Uma condição de completa simplicidade
(Que não custa menos do que tudo)
E tudo há-de ficar bem e
Toda a espécie de coisa há-de ficar bem
Quando as línguas de fogo refluírem
Para o coroado nó de fogo
E o fogo e a rosa forem um.

T. S. Eliot, Quatro Quartetos, Relógio D'Água, 2004,
Trad. e Introd. de Gualter Cunha.

segunda-feira, junho 21, 2004

convite*



Acorde simples

Acorde simples

da madrugada insone
da cortina que amanhece
dos olhos que jazem no espelho.

Acorde simples

de um poema que as mãos que pedem cerejas e afagos
recusam escrever.


Sandra Costa

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